editor’s note

EDITOR’S NOTE

When the idea for this edition initially appeared, I had already the good fortune of screening a few videopoems by several Brazilian poets. Somehow, this form, rather rarified in the United States (but more recently emergent), had found a home amongst makers in Brazil. I was as much excited by the prospects of learning about videopoetry there as an editor, as much by the possibility of finding affinity space amongst artist-kin on the transnational stage whose work explores the intersection of the verbi-visi-voco first articulated by Marshall McLuhan. These three dimensions of media McLuhan elucidated some time ago now, had informed and expanded the work of those early innovators of visual poetry in Brazil, the Noigandres Group. How have intersections of the image, word and sound, since developed as a result of the theory and media/tions brought forward by postmodernism and its iterations? In what ways have poets taken advantage of readily available digital filmmaking technology to explore the possibility spaces that emerge from poem-image-and-sound?

The work of editing Saccades is a pleasure because it allows for us to share artists we’re personally excited to present and to encounter new forms in the process. The editorial work undertaken with this journal is about maintaining a conversation across borders and using that conversation to make exchanges that are fruitful and generative for our readers and us. In the case of Brazilian videopoetry, Frederico Klumb appeared as an obvious guide into the territory of contemporary videopoetry work, as a poet with a refined aesthetic sense, emergent literary scholarship and as someone who maintains connections with a diverse array of poets. When I invited him to help bring together some of the work from Brazil for this issue, it was exactly with this conversation in mind. As you will see in his ‘Foreword’ the contributions he has made to this edition of Saccades serve to present a cross-section of poets each with distinct poetic sensibility and significance.

It was the joy of finding likeminded makers and luminary guides, such as the innovators of form, Lynn Marie Kirby and Lynne Sachs, that has made curating this edition indispensably rewarding in a way that also feels very personal. Their work and many others exist outside the tightly defined boundaries of generic forms and instead serve as portals for 21st Century makers to continue exploring how boundaries between genres can collapse and make room for new expressive vessels to take shape. Much of the material presented from the Anglophonic side of the borderlands here also articulates from this playful dissolution of limit as part of the evolution of global aesthetics in the late 20th and early 21st Centuries. I hope that you also find the work presented here moves you to pursue new intersections of form and to uncover the nascent edge of the poetic as it unveils itself in the real.

NOTA DO EDITOR

Quando a ideia dessa edição surgiu, já havia tido a sorte de assistir a alguns poucos videopoemas de vários poetas brasileiros. De certa maneira, esta forma, embora rarefeita nos Estados Unidos (mais emergente, porém, nos últimos tempos), havia encontrado seu espaço entre artistas no Brasil. Entusiasmei-me tanto com a perspectiva de aprender sobre videopoesia como editor, bem como pela possibilidade de encontrar espaços de afinidade entre artistas da cena transacional cujos trabalhos exploram a interseção do verbivocovisual primeiro articulada por Marshall McLuhan. Estas três dimensões de mídia que McLuhan elucidou tempos atrás informaram e expandiram o trabalho dos primeiros inovadores da poesia visual no Brasil, o grupo Noigandres. Como as intersecções de imagem, palavra e som se desenvolveram desde então enquanto resultado da teoria e como mídias e mediações foram propostas pelo pós-modernismo e suas iterações? De que maneiras poetas tomaram vantagem de tecnologias de cinematografia digital facilmente acessíveis para explorar os espaços de possibilidade que emergem do poema-imagem-som?

O trabalho de editar Saccades é um prazer, pois nos permite compartilhar os trabalhos de artistas com os quais estamos pessoalmente entusiasmados e encontrar novas formas no processo. O trabalho editorial realizado nesta revista é o de manter uma conversação entre fronteiras e usar esta conversação para realizar trocas que são frutíferas e gerativas para nós e para os leitores. No caso da videopoesia brasileira, Frederico Klumb apareceu como um guia essencial no território das obras de videopoesia contemporânea, enquanto poeta de refinado senso estético e conhecimento literário e alguém que mantém contato com inúmeros poetas. Quando o convidei para nos ajudar a reunir obras brasileiras para essa edição, tinha exatamente essa conversação em mente. Como se lê em seu “Prefácio”, as contribuições que ele fez para essa edição da Saccades servem para apresentar uma gama de poetas cada um com significância e sensibilidade poéticas diferentes.

Foi a alegria de encontrar criadores de mentalidade similar e luminosos guias, tais como as inovadoras da forma Lynn Marie Kirby e Lynne Sachs, que fez a curadoria dessa edição indispensavelmente recompensadora em nível bastante pessoal. Suas obras e as de muitos outros existem fora dos limites rigidamente definidos de formas genéricas e servem, por sua vez, de portais para criadores do século XXI continuarem a explorar como limites entre gêneros podem colapsar e dar espaço para novos veículos expressivos tomarem forma. Muito do material apresentado aqui do lado anglófono da fronteira também articula essa jocosa dissolução do limite como parte da evolução da estética global do final do século XX e início do século XXI. Espero que os trabalhos apresentados aqui movam o leitor a perseguir novas intersecções de forma e a descobrir o limiar crescente do poético enquanto este se revela no real.

—sean negus, editor-in-chief